segunda-feira, 2 de maio de 2016

Erros de português em uma gramática

Nestes últimos dias, estou lendo gramáticas em vários sites com a finalidade de lembrar aquelas regrinhas que a gente aprende quando criança.

Entrei em um site e comecei a apreciar sua gramática de português. Mas o que vi foram muitos erros. Por questões éticas, não vou dedurar o site, mas posso afirmar que é um site bem conhecido e conceituado, com artigos não só de português, mas de outras matérias, como geografia, história etc.

Agora há pouco, lendo sobre ADJETIVOS, me deparei com três erros gravíssimos: acreano (o correto, hoje em dia, é acriano), fogo quente (alguém já viu fogo frio?) e neve fria (existe neve quente?).

Citei apenas esses três erros, mas, na verdade, encontrei outros tantos.

Assim sendo, fica a pergunta: e se um estudante, que ainda não tem poder de discernimento, se basear em um artigo desses para estudar ou fazer um trabalho, o que acontece?

domingo, 1 de maio de 2016

Revisor especializado em...

Há cerca de 15 anos, comecei a trabalhar como revisor freelancer para um estúdio que produzia revistas, e livros, para uma conceituada editora.

Certa vez, me enviaram uma revista sobre música, cheia de informações que eu não sabia se estavam ou não corretas. Eu teria de pesquisar cada uma dessas informações em diversos sites, fazer uma comparação e eleger a que eu acreditasse ser a correta.

Mas a pessoa que me enviou o texto (por coincidência era o autor do texto) me disse de maneira bem clara: "Atenha-se somente aos erros de digitação e ortografia. Quanto ao conteúdo, outro revisor irá fazer o trabalho."

Assim sendo, relaxei e me dediquei a capturar apenas os erros de digitação e ortografia. Achei alguns, entreguei o serviço e tudo ficou bem.

Tempos depois, chegou outro texto, parecido a esse que eu mencionei e o conselho foi o mesmo, para eu me preocupar apenas com os erros de digitação e ortografia.

Comentei isso com um amigo meu que também trabalhava como revisor em uma editora e ele disse que era revisor especializado em conteúdo, ou seja, depois que o texto de uma revista era revisado várias vezes, chegava até ele para receber uma espécie de revisão final. Era ele quem encontraria erros em informações. Esse amigo entendia muito de música, automóveis e esportes.

Agora, eu pergunto: será que um único revisor é capaz de fazer um serviço bem feito (revisar erros de digitação, de ortografia, de conteúdo etc) em um curto espaço de tempo assim como muitas editoras querem?

Pessoalmente, acredito que não. Penso que um texto deva ser revisado várias vezes até que não seja encontrado nenhum erro, o que é difícil, pois erros sempre vão aparecer a cada vez que o texto passar por uma revisão.




Erro de português no site do MEC. Vergonhoso!

Agora há pouco, pesquisei no Google quais os requisitos para alguém ser professor.

O primeiro resultado foi o site do MEC. E lá eu vi um erro imperdoável: a palavra prevêem.

Como todos sabem, segundo as novas regras da ortografia, o correto é preveem.

Quem quiser dar uma conferida, deixo o link:

http://sejaumprofessor.mec.gov.br/internas.php?area=como&id=requisitos

Na minha humilde opinião, já que eu cometo erros como qualquer mortal, esse erro em um site do Ministério da Educação é simplesmente vergonhoso!

Até mais.



sexta-feira, 29 de abril de 2016

Escolinha do Professor Raimundo?

O excelente humorístico "Escolinha do Professor Raimundo" não deveria ter esse título. Sei que é tarde demais para tocar nesse assunto, pois o último programa inédito foi ao ar há muitos anos, e até o nosso querido Chico Anysio já nos deixou.

Mas vale dizer que, dia desses, assistindo a um episódio, o Professor Raimundo escreveu, para um aluno, seu primeiro nome no quadro-negro. E o que ele escreveu foi "Raymundo", com Y.

Volto a falar: é tarde querer consertar esse erro, mas será que na época ninguém percebeu isso?

A solução seria que o Professor Raimundo escrevesse na lousa "Raimundo", com I, para ficar condizente com o título do programa.

Bom, agora não adianta mais falar nisso, no entanto, vale como uma forma de dizer que um revisor é sempre necessário, em qualquer lugar, em qualquer tempo.

A propósito: se a escolinha é do Professor Raimundo, por que ele se queixava tanto do salário baixo?

Nesse caso, faltou também uma revisão, alguém que mostrasse essa incoerência à direção da emissora.

Bom, é isso o que eu penso.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Dá para confiar?

Se você, amigo leitor, digitar no campo de busca do Google "revisão de texto" ou "revisor de texto", vai se deparar com inúmeros resultados, desde pessoas que são revisoras de texto e anunciam seus serviços até empresas que fazem o serviço de revisão de texto.

Só para testar, escolhi uma empresa (prefiro não dizer qual, por motivos éticos) e solicitei um orçamento, enviando, um pequeno trecho para ser revisado, segundo eles próprios recomendaram, a fim de eu avaliar a qualidade do serviço deles.

Então, mandei o seguinte:

"O cabofriense, mesmo em meio a toda essa receção, conseguiu comprar dezenas de cataventos e buscapés."

Eles devolveram o texto, uma hora depois, corrigido, segundo eles. O texto que me enviaram foi:

"O cabofriense, mesmo em meio a toda essa recessão, conseguiu comprar dezenas de cataventos e buscapés."

O único erro que encontraram foi a palavra "receção", que foi devidamente corrigida para "recessão".

No entanto, havia mais erros, mais três para ser bem preciso: "cabofriense", "catavento" e "buscapé".

Assim sendo, o texto correto teria de ficar assim:

"O cabo-friense, mesmo em meio a toda essa recessão, conseguiu comprar dezenas de cata-ventos e busca-pés."

Aí, eu pergunto: dá para confiar?


terça-feira, 26 de abril de 2016

Esta é a vida de um revisor

Em 1991, quando eu trabalhava no jornal de bairro Gazeta do Aeroporto, eu atuava como revisor de texto, além de fazer outras coisas.

Minha função era revisar tudo, desde colunas (políticas, sociais, de televisão) até anúncios.

Certa vez, detectei um erro grave em anúncio de um terço de página de um anunciante importante (era proprietário de uma casa de carnes). É lógico que corrigi o erro.

Quando o jornal saiu, o dono dessa casa de carnes telefonou para o proprietário do jornal, o Abel, reclamando que eu havia "mexido no anúncio dele". O Abel disse que eu apenas havia corrigido um erro, mas o dono da casa de carnes esbravejou e disse que não queria saber, que o anúncio tinha que ter saído do jeito que ele enviou para o jornal.

O Abel não tinha o que dizer para esse sujeito e, depois, a sós comigo, disse para eu "não alterar mais nada nos anúncios daquele sujeito, mesmo que houvesse erros escandalosos".

E a coisa ficou por aí.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Assim não dá 2

Pertenço a um grupo do Facebook que reúne profissionais do meio editorial. Nesse grupo há editores, redatores, ilustradores, revisores de texto etc.

Dia desses, um dos membros do grupo escreveu (juro que é verdade!): "em vês de", quando o correto seria "em vez de".

Na hora em que li o absurdo tive vontade de pular fora do grupo.