O excelente humorístico "Escolinha do Professor Raimundo" não deveria ter esse título. Sei que é tarde demais para tocar nesse assunto, pois o último programa inédito foi ao ar há muitos anos, e até o nosso querido Chico Anysio já nos deixou.
Mas vale dizer que, dia desses, assistindo a um episódio, o Professor Raimundo escreveu, para um aluno, seu primeiro nome no quadro-negro. E o que ele escreveu foi "Raymundo", com Y.
Volto a falar: é tarde querer consertar esse erro, mas será que na época ninguém percebeu isso?
A solução seria que o Professor Raimundo escrevesse na lousa "Raimundo", com I, para ficar condizente com o título do programa.
Bom, agora não adianta mais falar nisso, no entanto, vale como uma forma de dizer que um revisor é sempre necessário, em qualquer lugar, em qualquer tempo.
A propósito: se a escolinha é do Professor Raimundo, por que ele se queixava tanto do salário baixo?
Nesse caso, faltou também uma revisão, alguém que mostrasse essa incoerência à direção da emissora.
Bom, é isso o que eu penso.
Todo texto escrito visa ser publicado em algum lugar. Para falar a verdade, não existe nada mais incômodo, para quem conhece bem as normas cultas do nosso idioma, do que se deparar com um texto mal escrito, coalhado de erros. Se você tem algo para publicar, entre em contato comigo que eu faço a revisão ortográfica do seu material E-mail de contato: agchristophe@yahoo.com.br
sexta-feira, 29 de abril de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Dá para confiar?
Se você, amigo leitor, digitar no campo de busca do Google "revisão de texto" ou "revisor de texto", vai se deparar com inúmeros resultados, desde pessoas que são revisoras de texto e anunciam seus serviços até empresas que fazem o serviço de revisão de texto.
Só para testar, escolhi uma empresa (prefiro não dizer qual, por motivos éticos) e solicitei um orçamento, enviando, um pequeno trecho para ser revisado, segundo eles próprios recomendaram, a fim de eu avaliar a qualidade do serviço deles.
Então, mandei o seguinte:
"O cabofriense, mesmo em meio a toda essa receção, conseguiu comprar dezenas de cataventos e buscapés."
Eles devolveram o texto, uma hora depois, corrigido, segundo eles. O texto que me enviaram foi:
"O cabofriense, mesmo em meio a toda essa recessão, conseguiu comprar dezenas de cataventos e buscapés."
O único erro que encontraram foi a palavra "receção", que foi devidamente corrigida para "recessão".
No entanto, havia mais erros, mais três para ser bem preciso: "cabofriense", "catavento" e "buscapé".
Assim sendo, o texto correto teria de ficar assim:
"O cabo-friense, mesmo em meio a toda essa recessão, conseguiu comprar dezenas de cata-ventos e busca-pés."
Aí, eu pergunto: dá para confiar?
Só para testar, escolhi uma empresa (prefiro não dizer qual, por motivos éticos) e solicitei um orçamento, enviando, um pequeno trecho para ser revisado, segundo eles próprios recomendaram, a fim de eu avaliar a qualidade do serviço deles.
Então, mandei o seguinte:
"O cabofriense, mesmo em meio a toda essa receção, conseguiu comprar dezenas de cataventos e buscapés."
Eles devolveram o texto, uma hora depois, corrigido, segundo eles. O texto que me enviaram foi:
"O cabofriense, mesmo em meio a toda essa recessão, conseguiu comprar dezenas de cataventos e buscapés."
O único erro que encontraram foi a palavra "receção", que foi devidamente corrigida para "recessão".
No entanto, havia mais erros, mais três para ser bem preciso: "cabofriense", "catavento" e "buscapé".
Assim sendo, o texto correto teria de ficar assim:
"O cabo-friense, mesmo em meio a toda essa recessão, conseguiu comprar dezenas de cata-ventos e busca-pés."
Aí, eu pergunto: dá para confiar?
terça-feira, 26 de abril de 2016
Esta é a vida de um revisor
Em 1991, quando eu trabalhava no jornal de bairro Gazeta do Aeroporto, eu atuava como revisor de texto, além de fazer outras coisas.
Minha função era revisar tudo, desde colunas (políticas, sociais, de televisão) até anúncios.
Certa vez, detectei um erro grave em anúncio de um terço de página de um anunciante importante (era proprietário de uma casa de carnes). É lógico que corrigi o erro.
Quando o jornal saiu, o dono dessa casa de carnes telefonou para o proprietário do jornal, o Abel, reclamando que eu havia "mexido no anúncio dele". O Abel disse que eu apenas havia corrigido um erro, mas o dono da casa de carnes esbravejou e disse que não queria saber, que o anúncio tinha que ter saído do jeito que ele enviou para o jornal.
O Abel não tinha o que dizer para esse sujeito e, depois, a sós comigo, disse para eu "não alterar mais nada nos anúncios daquele sujeito, mesmo que houvesse erros escandalosos".
E a coisa ficou por aí.
Minha função era revisar tudo, desde colunas (políticas, sociais, de televisão) até anúncios.
Certa vez, detectei um erro grave em anúncio de um terço de página de um anunciante importante (era proprietário de uma casa de carnes). É lógico que corrigi o erro.
Quando o jornal saiu, o dono dessa casa de carnes telefonou para o proprietário do jornal, o Abel, reclamando que eu havia "mexido no anúncio dele". O Abel disse que eu apenas havia corrigido um erro, mas o dono da casa de carnes esbravejou e disse que não queria saber, que o anúncio tinha que ter saído do jeito que ele enviou para o jornal.
O Abel não tinha o que dizer para esse sujeito e, depois, a sós comigo, disse para eu "não alterar mais nada nos anúncios daquele sujeito, mesmo que houvesse erros escandalosos".
E a coisa ficou por aí.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Assim não dá 2
Pertenço a um grupo do Facebook que reúne profissionais do meio editorial. Nesse grupo há editores, redatores, ilustradores, revisores de texto etc.
Dia desses, um dos membros do grupo escreveu (juro que é verdade!): "em vês de", quando o correto seria "em vez de".
Na hora em que li o absurdo tive vontade de pular fora do grupo.
Dia desses, um dos membros do grupo escreveu (juro que é verdade!): "em vês de", quando o correto seria "em vez de".
Na hora em que li o absurdo tive vontade de pular fora do grupo.
domingo, 24 de abril de 2016
Assim não dá!
Conversei, agora há pouco, no Facebook, com um jornalista que é editor de várias publicações. E o que ele escreveu para mim mostra o despreparo de certos profissionais da área.
Não vou dizer que escrevo 100% correto, pois eu estaria mentindo. Eu erro, como todo o mundo. Daí, vivo consultando dicionários, porque muitas vezes me pego em dúvida quanto à grafia de uma palavra.
Mas... chega de papo furado e vamos ao que interessa. Vou reproduzir parte da conversa que tive com esse notável jornalista...
Eu - Estou atrás de serviços de freelancer de revisão de texto. Você teria alguma coisa para mim?
Ele - Sinto muito, mais no momento, devido a essa crise, eu mesmo estou revisando as poucas publicações que temos. Mais não fique ancioso, pois você irá conseguir serviços... É só saber esperar!
Eu - Fulano, você tem certeza de que não precisa de um revisor de texto?
Ele - Claro! Como te disse, eu mesmo estou revisando as coisas por aqui, e isso já a algum tempo...
E a conversa terminou um minuto depois, quando eu disse:
- Obrigado por tudo! Estão me chamando lá fora! Abraços.
Preciso dizer mais alguma coisa?
Não vou dizer que escrevo 100% correto, pois eu estaria mentindo. Eu erro, como todo o mundo. Daí, vivo consultando dicionários, porque muitas vezes me pego em dúvida quanto à grafia de uma palavra.
Mas... chega de papo furado e vamos ao que interessa. Vou reproduzir parte da conversa que tive com esse notável jornalista...
Eu - Estou atrás de serviços de freelancer de revisão de texto. Você teria alguma coisa para mim?
Ele - Sinto muito, mais no momento, devido a essa crise, eu mesmo estou revisando as poucas publicações que temos. Mais não fique ancioso, pois você irá conseguir serviços... É só saber esperar!
Eu - Fulano, você tem certeza de que não precisa de um revisor de texto?
Ele - Claro! Como te disse, eu mesmo estou revisando as coisas por aqui, e isso já a algum tempo...
E a conversa terminou um minuto depois, quando eu disse:
- Obrigado por tudo! Estão me chamando lá fora! Abraços.
Preciso dizer mais alguma coisa?
Lava jato
A primeira vez que eu vi um local com a placa "Lava Jato", eu pensei: "Como pode caber um avião ali dentro?".
Sim, pois "lava jato", escrito dessa maneira, dá a entender que é um "estabelecimento" (escrevi entre aspas pois não encontrei palavra melhor) especializado em lavar aviões.
Mas, para minha surpresa, o que eles lavam mesmo são carros.
Então, o correto seria colocarem a placa "lava a jato", dando a ideia de que a lavagem é rápida.
Mas quando eu digo isso a alguém, é comum eu ouvir coisas do tipo: "Ah, não implica com um errinho bobo desses", "brasileiro é assim mesmo: deturpa o idioma e está tudo bem" etc.
Não vai demorar muito para "lava jato" ser dicionarizado e significar a mesma coisa que "lava a jato". Quem viver verá!
Sim, pois "lava jato", escrito dessa maneira, dá a entender que é um "estabelecimento" (escrevi entre aspas pois não encontrei palavra melhor) especializado em lavar aviões.
Mas, para minha surpresa, o que eles lavam mesmo são carros.
Então, o correto seria colocarem a placa "lava a jato", dando a ideia de que a lavagem é rápida.
Mas quando eu digo isso a alguém, é comum eu ouvir coisas do tipo: "Ah, não implica com um errinho bobo desses", "brasileiro é assim mesmo: deturpa o idioma e está tudo bem" etc.
Não vai demorar muito para "lava jato" ser dicionarizado e significar a mesma coisa que "lava a jato". Quem viver verá!
Revisão de texto: quanto cobrar?
Atualmente, pelo que eu ando vendo por aí, não me vejo em condições de cobrar pelo meu serviço, e sim aceitar o que me propõem.
É que eu trabalho totalmente na informalidade, não faço contrato etc e tal. Daí, quem pede os meus serviços abusa. E eu, precisando de dinheiro, sou obrigado a me sujeitar a isso.
Em 2001, por exemplo, eu recebia R$ 5,00 para revisar uma lauda de 1.400 toques, incluindo os espaços. Achava pouco. Mas dava para levar.
Semanas atrás, entrei em contato com uma editora e peguei um serviço pesado: revisar mais de 500 mil toques por... R$ 250,00. E eles ainda me pediram para eu "dar uma melhor fluidez ao texto", entre outras coisas. O prazo para fazer o serviço foi de 7 dias.
O que fiz? Revisei apenas a ortografia e a digitação e consertei uma ou outra frase que não estava bem escrita (o texto era uma tradução). Acho que fiz muito, muito mesmo, por R$ 250,00. E eu sou especialista em corrigir erros ortográficos e de digitação.
Em 2013, fiz um acordo com uma agência de publicidade: eles me pagariam, todo mês, R$ 200,00, com direito a 10 laudas de 1.400 toques, com espaços, revisadas. Se viesse mais serviço, melhor para mim, pois eu estava, na verdade, conseguindo ganhar R$ 20,00 por lauda revisada.
Só uma vez veio muito texto e naquele mês eu faturei quase R$ 700,00. Houve meses em que não revisei nada e os meus R$ 200,00 eram depositados normalmente.
Diante disso tudo, eu mesmo me faço a pergunta do título deste post: quanto cobrar pela revisão?
Fica difícil responder. No caso da agência de publicidade, eu fiz o meu preço e eles aceitaram sem pestanejar; já no caso da editora, que mandou eu revisar mais de 500 mil toques por apenas R$ 250,00, não teve nem choro nem vela.
Acredito que isso aconteça com muitos revisores. As editoras sabem que o profissional precisa trabalhar e paga nivelando por baixo.
Em um grupo do Facebook, ouvi diversas opiniões sobre o assunto. Uma delas, que me animou um pouco, foi a de uma moça que disse cobrar R$ 8,00 por lauda de 1.200 caracteres, incluindo os espaços. E se houvesse urgência, ela pedia 50% a mais. Para completar, essa profissional afirmou que não tem faltado serviço para ela, mesmo com toda essa crise.
Outros, no grupo, falavam que o preço da revisão varia muito, desde R$ 3,00 por lauda (muitas vezes, lauda com 2.100 toques, levando em conta os espaços) até R$ 10,00 por lauda de 1.200 toques, com os espaços. Ou seja: não existe um valor padronizado.
Daí, cheguei à conclusão de que é necessário sentir o cliente para tentar cobrar alguma coisa. Se não der para cobrar, tentar dialogar para receber mais que a oferta feita pelo cliente, pois, é claro, as editoras vão sempre oferecer pouco, bem pouco, e exigir muito.
É que eu trabalho totalmente na informalidade, não faço contrato etc e tal. Daí, quem pede os meus serviços abusa. E eu, precisando de dinheiro, sou obrigado a me sujeitar a isso.
Em 2001, por exemplo, eu recebia R$ 5,00 para revisar uma lauda de 1.400 toques, incluindo os espaços. Achava pouco. Mas dava para levar.
Semanas atrás, entrei em contato com uma editora e peguei um serviço pesado: revisar mais de 500 mil toques por... R$ 250,00. E eles ainda me pediram para eu "dar uma melhor fluidez ao texto", entre outras coisas. O prazo para fazer o serviço foi de 7 dias.
O que fiz? Revisei apenas a ortografia e a digitação e consertei uma ou outra frase que não estava bem escrita (o texto era uma tradução). Acho que fiz muito, muito mesmo, por R$ 250,00. E eu sou especialista em corrigir erros ortográficos e de digitação.
Em 2013, fiz um acordo com uma agência de publicidade: eles me pagariam, todo mês, R$ 200,00, com direito a 10 laudas de 1.400 toques, com espaços, revisadas. Se viesse mais serviço, melhor para mim, pois eu estava, na verdade, conseguindo ganhar R$ 20,00 por lauda revisada.
Só uma vez veio muito texto e naquele mês eu faturei quase R$ 700,00. Houve meses em que não revisei nada e os meus R$ 200,00 eram depositados normalmente.
Diante disso tudo, eu mesmo me faço a pergunta do título deste post: quanto cobrar pela revisão?
Fica difícil responder. No caso da agência de publicidade, eu fiz o meu preço e eles aceitaram sem pestanejar; já no caso da editora, que mandou eu revisar mais de 500 mil toques por apenas R$ 250,00, não teve nem choro nem vela.
Acredito que isso aconteça com muitos revisores. As editoras sabem que o profissional precisa trabalhar e paga nivelando por baixo.
Em um grupo do Facebook, ouvi diversas opiniões sobre o assunto. Uma delas, que me animou um pouco, foi a de uma moça que disse cobrar R$ 8,00 por lauda de 1.200 caracteres, incluindo os espaços. E se houvesse urgência, ela pedia 50% a mais. Para completar, essa profissional afirmou que não tem faltado serviço para ela, mesmo com toda essa crise.
Outros, no grupo, falavam que o preço da revisão varia muito, desde R$ 3,00 por lauda (muitas vezes, lauda com 2.100 toques, levando em conta os espaços) até R$ 10,00 por lauda de 1.200 toques, com os espaços. Ou seja: não existe um valor padronizado.
Daí, cheguei à conclusão de que é necessário sentir o cliente para tentar cobrar alguma coisa. Se não der para cobrar, tentar dialogar para receber mais que a oferta feita pelo cliente, pois, é claro, as editoras vão sempre oferecer pouco, bem pouco, e exigir muito.
sábado, 23 de abril de 2016
Revisar quantas vezes?
Acredito que todo revisor - iniciante ou experiente - já fez essa pergunta em algum momento de sua vida profissional.
Eu mesmo já perguntei isso a vários editores para os quais prestei serviços de revisão freelance e as respostas foram as mais variadas possíveis.
Um deles, o Gilberto, me disse que trabalhou em uma editora onde uma revista (ou um livro) era revisada no máximo 5 vezes. E em todas elas eram encontrados erros. O editor dizia algo mais ou menos assim para os revisores: "Pessoal, cinco revisões está mais do que bom. Se ainda houver erros, com certeza, algum leitor vai nos comunicar por carta, por telefone...".
Quando eu me dediquei exclusivamente a ser revisor de texto (isso aconteceu entre agosto de 2001 e setembro de 2006), o estúdio para onde eu prestava serviço costumava fazer três, quatro revisões do material, incluindo a chamada "revisão na tela", que era a publicação (revista ou livro) em PDF. E sempre havia erros.
Daí, eu evoco o post anterior, onde eu comentei que havia ouvido que a revista Seleções era revisada 30 vezes. E um dia eu encontrei um erro ortográfico em uma edição.
Para encurtar a conversa: acredito piamente que um texto, qualquer que seja (inclusive os do meu blog), sempre vai haver erros, principalmente textos longos. Por mais que esse texto seja revisado, sempre vão encontrar erros ali.
Um exemplo para finalizar: quando estou escrevendo - e mesmo revisando - uso "todo o mundo" (no sentido de muitas pessoas, da maioria das pessoas), enquanto 99% dos redatores escrevem "todo mundo". É que eu li, certa vez, uma explicação de um gramático, que me convenceu, de que o correto é "todo o mundo". Não vou entrar no mérito da questão, senão este post não acaba nunca...
Eu mesmo já perguntei isso a vários editores para os quais prestei serviços de revisão freelance e as respostas foram as mais variadas possíveis.
Um deles, o Gilberto, me disse que trabalhou em uma editora onde uma revista (ou um livro) era revisada no máximo 5 vezes. E em todas elas eram encontrados erros. O editor dizia algo mais ou menos assim para os revisores: "Pessoal, cinco revisões está mais do que bom. Se ainda houver erros, com certeza, algum leitor vai nos comunicar por carta, por telefone...".
Quando eu me dediquei exclusivamente a ser revisor de texto (isso aconteceu entre agosto de 2001 e setembro de 2006), o estúdio para onde eu prestava serviço costumava fazer três, quatro revisões do material, incluindo a chamada "revisão na tela", que era a publicação (revista ou livro) em PDF. E sempre havia erros.
Daí, eu evoco o post anterior, onde eu comentei que havia ouvido que a revista Seleções era revisada 30 vezes. E um dia eu encontrei um erro ortográfico em uma edição.
Para encurtar a conversa: acredito piamente que um texto, qualquer que seja (inclusive os do meu blog), sempre vai haver erros, principalmente textos longos. Por mais que esse texto seja revisado, sempre vão encontrar erros ali.
Um exemplo para finalizar: quando estou escrevendo - e mesmo revisando - uso "todo o mundo" (no sentido de muitas pessoas, da maioria das pessoas), enquanto 99% dos redatores escrevem "todo mundo". É que eu li, certa vez, uma explicação de um gramático, que me convenceu, de que o correto é "todo o mundo". Não vou entrar no mérito da questão, senão este post não acaba nunca...
Um mito sobre a revista Seleções
Muitos anos atrás, muitos mesmo, eu ouvi dizer que a gloriosa revista Seleções Reader's Digest era revisada ao menos trinta vezes.
Acreditei, pois todos que liam essa revista eram unânimes em afirmar que nunca haviam encontrado um erro em qualquer edição.
Na época, eu não tinha como pesquisar "quantas vezes a revista Seleções era revisada" e, como já disse, acreditei que, de fato, ela recebia inúmeras revisões.
Mas um dia eu encontrei um erro ortográfico em uma das edições onde eu só estava passando os olhos.
Pensei em entrar em contato (na época somente por carta) com a revista, mas desisti.
Era o meu "eu revisor" desabrochando, sem que eu soubesse.
Anos depois, também descobri um erro no Livro dos Recordes, e também haviam me dito que essa publicação era exaustivamente revisada.
Curioso é que, pode parecer mentira, mas encontrei um erro na lista telefônica de Santos (SP). O nome de um assinante estava escrito de forma normal, corriqueira: Soraya Mendes Korn, e não Korn, Soraya Mendes, como deveria ser.
Tudo o que eu escrevi agora é um "esquenta" para o próximo post. Aguardem!
Acreditei, pois todos que liam essa revista eram unânimes em afirmar que nunca haviam encontrado um erro em qualquer edição.
Na época, eu não tinha como pesquisar "quantas vezes a revista Seleções era revisada" e, como já disse, acreditei que, de fato, ela recebia inúmeras revisões.
Mas um dia eu encontrei um erro ortográfico em uma das edições onde eu só estava passando os olhos.
Pensei em entrar em contato (na época somente por carta) com a revista, mas desisti.
Era o meu "eu revisor" desabrochando, sem que eu soubesse.
Anos depois, também descobri um erro no Livro dos Recordes, e também haviam me dito que essa publicação era exaustivamente revisada.
Curioso é que, pode parecer mentira, mas encontrei um erro na lista telefônica de Santos (SP). O nome de um assinante estava escrito de forma normal, corriqueira: Soraya Mendes Korn, e não Korn, Soraya Mendes, como deveria ser.
Tudo o que eu escrevi agora é um "esquenta" para o próximo post. Aguardem!
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Eta Mundo Bom
O grande sucesso da Globo no horário das 18h, "Eta Mundo Bom", já causou muitas discussões, não pelo enredo em si, mas por causa do título.
É que antes de sua estreia, nas chamadas, a novela tinha, em seu logo, um erro grave de português: "Êta", no lugar de "Eta", que é o correto. A palavra "Êta", com acento circunflexo no E, não existe. Basta consultar os melhores dicionários ou mesmo o site do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa para se dar conta disso.
Curioso é que o UOL fez uma matéria mostrando que "Êta" estava errado e em suas páginas é comum ver "Êta Mundo Bom". Às vezes, eles se lembram do erro e grafam corretamente o título da novela: "Eta Mundo Bom".
Tem gente que diz que "Êta", com o bendito acento circunflexo no E, é apenas para "dar um toque ao tom caipira da novela". Bobagem. O correto é "Eta" e ponto final.
É que antes de sua estreia, nas chamadas, a novela tinha, em seu logo, um erro grave de português: "Êta", no lugar de "Eta", que é o correto. A palavra "Êta", com acento circunflexo no E, não existe. Basta consultar os melhores dicionários ou mesmo o site do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa para se dar conta disso.
Curioso é que o UOL fez uma matéria mostrando que "Êta" estava errado e em suas páginas é comum ver "Êta Mundo Bom". Às vezes, eles se lembram do erro e grafam corretamente o título da novela: "Eta Mundo Bom".
Tem gente que diz que "Êta", com o bendito acento circunflexo no E, é apenas para "dar um toque ao tom caipira da novela". Bobagem. O correto é "Eta" e ponto final.
Assinar:
Postagens (Atom)