sábado, 23 de abril de 2016

Revisar quantas vezes?

Acredito que todo revisor - iniciante ou experiente - já fez essa pergunta em algum momento de sua vida profissional.

Eu mesmo já perguntei isso a vários editores para os quais prestei serviços de revisão freelance e as respostas foram as mais variadas possíveis.

Um deles, o Gilberto, me disse que trabalhou em uma editora onde uma revista (ou um livro) era revisada no máximo 5 vezes. E em todas elas eram encontrados erros. O editor dizia algo mais ou menos assim para os revisores: "Pessoal, cinco revisões está mais do que bom. Se ainda houver erros, com certeza, algum leitor vai nos comunicar por carta, por telefone...".

Quando eu me dediquei exclusivamente a ser revisor de texto (isso aconteceu entre agosto de 2001 e setembro de 2006), o estúdio para onde eu prestava serviço costumava fazer três, quatro revisões do material, incluindo a chamada "revisão na tela", que era a publicação (revista ou livro) em PDF. E sempre havia erros.

Daí, eu evoco o post anterior, onde eu comentei que havia ouvido que a revista Seleções era revisada 30 vezes. E um dia eu encontrei um erro ortográfico em uma edição.

Para encurtar a conversa: acredito piamente que um texto, qualquer que seja (inclusive os do meu blog), sempre vai haver erros, principalmente textos longos. Por mais que esse texto seja revisado, sempre vão encontrar erros ali.

Um exemplo para finalizar: quando estou escrevendo - e mesmo revisando - uso "todo o mundo" (no sentido de muitas pessoas, da maioria das pessoas), enquanto 99% dos redatores escrevem "todo mundo". É que eu li, certa vez, uma explicação de um gramático, que me convenceu, de que o correto é "todo o mundo". Não vou entrar no mérito da questão, senão este post não acaba nunca...

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